O
pesquisador do Futebol Potiguar, Marcos Trindade fala sobre a baixa média de
públicos dos últimos clássicos.
Muitos
colocam a crise econômica do nosso País como principal motivo do afastamento do
torcedor dos estádios de futebol. Por incrível que pareça, eu penso diferente.
A
boa situação econômica que a população num geral atingiu o dá o direito de
outras escolhas, e provavelmente um clássico ABC x América não seja a melhor
escolha.
Nesse
caso, o torcedor tem reais condições de passar o fim de semana numa praia do
litoral norte ou sul do nosso estado, pois uma grande parcela da população tem
carro e isso facilita o seu deslocamento.
Outros
fatores também são evidentes, como a televisão, a violência nos estádios, os
shoppings (uma tarde/noite num shopping é maravilhoso). Vejo a praia e os
shoppings como grandes concorrentes do futebol nos dias atuais.
Mas,
o fato de termos “times pouco competitivos e com jogadores sem nome” pesa
muito.
Eu
também colocaria a questão da formação de atletas oriundos das bases, “esses
atletas da casa levam público, levam a família, levam os amigos para o estádio”
aqui não tem isso mais. Foi se esse tempo!
Mas,
historicamente, a média de público do clássico nas últimas décadas só fica
atrás da dos anos 70. O Futebol do Rio Grande do Norte é isso aqui, mesmo, e o
clássico também não mudou muito.
Se
você for comparar, as médias de público de ABC e América no Estadual com a
média desses mesmos times nas competições nacionais, vai entender que o nível
técnico chama mais atenção do torcedor, aí verá diferença nos números.
Mas,
para o clássico deste sábado, com a atração Wallyson, o público vai girar na
casa dos 10 mil pagantes. Assegura Trindade.
MT. Foto: Novonotícias