O Tratamento dado aos Clubes do Interior

Hoje, quero fazer um registro. Não um registro de pesquisa ou estatística, mas um comentário do tratamento dos meios de comunicação de Natal aos clubes do interior.

Todo ano observo como são tratados os clubes do interior pelos meios de comunicação da nossa capital.

Diante da presença mais uma vez de dois clubes do interior decidindo um turno do Estadual as rádios não trataram a Final como deveriam.

Nas ondas do Rádio

Uma AM, muito famosa, fundada por Georgino Avelino, na década de 1950, transmitiu de forma improvisada, só pode. Uma péssima transmissão que começou 15 minutos antes da bola rolar.

Sem comentarista e com um comunicador que reclamava das condições do estádio e da chuva que caía no solo que nasceu o maior poeta do RN, Renato Caldas.

Um repórter se esgoelava em dizer que estava na marca da exclusividade. Com aquele áudio que caía mais que umbu maduro! Eu teria vergonha de anunciar essa vantagem.

Outra que se diz concorrente direta da anterior, nem foi ao estádio. Fez uma cadeia com uma emissora do interior. Parece que a transmissão foi feita por um satélite do início da invenção. Com um atraso de quase dois minutos.

As demais, de Freqüência Modulada (FM), no caso duas, também não foram ao Estádio Edgarzão. Certamente transmitiram por Of Tub (vendo pela televisão).

No meu entender, isso tudo é por falta de organização. Não pediram linhas de transmissão. Como havia a possibilidade de haver a Final em Açu e Santa Cruz deveriam ter feito pedidos para as duas cidades no tempo determinado pela Telemar. Não fizera, vamos para a gambiarra.

Não entendo como hoje, esses meios de comunicação ainda não se modernizaram diante de tanta tecnologia, espalhadas pelo o mundo todo. Parece que só falta tecnologia humana ou investimento.

Em 2003, a Final do Primeiro Turno entre Coríntians 2x3 São Gonçalo estavam todas em Caicó. Será que eram interesses políticos?

Nas redações de jornais

Saindo do Rádio e entrando nas redações dos periódicos.

Bom, os impressos de Natal. Começando pelo domingo. Um trouxe uma boa matéria da Final, mas comentava o fato da capital ter sido desbancada pelo interior. Parece um lamento. Com um texto razoável no tamanho e com ilustrações.

Outro trazia uma matéria que tratava da surpresa de ASSU e Santa Cruz decidirem o Primeiro Turno do Estadual. O texto era pequeno e com poucas ilustrações. Parecia lamento também.

Deixei para terminar este texto hoje, pois precisava ver a cobertura pós jogo.

O primeiro traz um bom texto. Peca nas ilustrações.

O outro traz um pequeno texto. Ganha nas ilustrações.

Os dois que observei ficam devendo no quesito dados estatísticos. Marca registrada de outros tempos.

Isso me faz lembrar como foi feita a cobertura por esse mesmo jornal, no caso o outro, da conquista do Coríntians de Caicó em 2001.

Da decisão do Primeiro Turno de 2003 entre Coríntians 2x3 São Gonçalo. O São Gonçalo foi campeão.

Da conquista do Potiguar de Mossoró em 2004.

Da vitória do Baraúnas sobre o Vasco em 2005.

Da conquista do Baraúnas do Estadual de 2006 com uma Final genuinamente interiorana.

Muito boas. Mas, os tempos eram outros.

Resumindo

A nota que eu dou para o Rádio da capital é 3.

A nota que eu dou para esses dois impressos da capital é 5.

Quer dizer tanto as rádios como os impressos andam mal das pernas.

Pois não, torcida potiguar, se faltou alguma coisa, eu deixo para outro interiorano como eu e que tenha a coragem que estou tendo agora, acrescentar. Era isso!