Em
menos de um ano, três jornais diários do estado do Rio Grande do Norte, saíram
de circulação.
Em
abril de 2015, o periódico O Jornal de
Hoje, de Natal, deixou de ser impresso e aderiu ao portal. Era digital.
No
final de dezembro de 2015, o centenário O
Mossoroense também deixou a era impressa e promete seguir na digital.
Ainda
no final de 2015, a decana Gazeta do
Oeste sai de linha e pior nem promete ser digital. Agiu certo. Os dois de Mossoró.
“Essa
história de migrar para o digital é consolo. Aos poucos se perde no universo
online sem ser notado. Sinto muito por tudo isso, pois sou defensor do
imprenso. Sem contar com o desemprego de inúmeros profissionais”, destaca o
pesquisador Marcos Trindade que estranhou uma campanha da Associação Nacional
de Jornais (ANJ) feita no segundo semestre de 2015 onde dizia: “Nunca se leu
tanto jornal”.
Será
mesmo? Questiona.
Ainda
para o pesquisador Trindade, “Jornal impresso hoje virou panfleto e devia ser
distribuído gratuitamente”.
Na
contramão, a indústria de livros cresce a cada dia, graças à qualidade dada na
editoração e também o preço razoável.
Um
dos motivos além da crise econômica é o fato de como é feito o atual
jornalismo. “Não pode ser feito com há 20, 30, 40 anos. É preciso reinventar
sempre e deixar de ser jornal que doutrina política de gente ordinária”. Afirma
Trindade.
Pesquisador Marcos Trindade
Nenhum comentário:
Postar um comentário