Essa é mais uma obra para eternizar equívocos
Não consigo entender nunca como a História do Futebol Potiguar é mal contada.
São poucas, é bem verdade, as obras sobre o Futebol Norte-rio-grandense. Mesmo assim contam coisas, que parecem ter sido vistas por meia dúzia de quem não entende nada de pesquisas.
Por outro lado, esquecem fatos marcantes. Como é que pode?
Amanhã, na cidade que nasci, Mossoró, será lançado o livro “20 anos da Copa do Brasil, de Kaburé a Cícero Ramalho”.
Ao saber da existência, antes mesmo de ser lançado no Rio de Janeiro ou São Paulo, sei lá. Fiquei curioso.
Logo que chegou as livrarias, comprei um exemplar. Arrependi-me! Saiba por quê:
ERROS E OMISSÕES
Os autores cometeram vários erros e omissões quando o assunto é o Futebol Potiguar. Veja os que consegui identificar:
Página 13: no texto dá entender que Cícero Ramalho jogou contra o Cruzeiro. Não jogou, estava contundido.
Página 69: antes de ser um clube de Futebol, o Baraúnas era um bloco carnavalesco no bairro 12 anos. Outra possível origem seria de uma árvore com o nome de baraúna. O texto afirma que o nome surgiu de uma tribo de índios.
Página 76: os autores dizem que o Sport Recife venceu ao América nos pênaltis em 2000. O correto é o contrário.
Página 86: eles afirmam que o Baraúnas foi eliminado em 2007 por ter inscrito jogadores em situação irregular. Na verdade foi apenas um. O goleiro reserva Paulo Renato, que na verdade nem estava irregular, a CBF errou.
Página 90: repete o mesmo discurso da página 86 quando fala sobre disputas de pênaltis.
Página 92: na decisão por pênaltis entre Vitória x Baraúnas traz um asterisco sem a resposta do mesmo.
Página 97: omitiu a zebra Linhares. O time capixaba eliminou o América, à época na Série A, em Natal. Isso em 1998.
Página 101: acho que o Baraúnas merecia ser considerado zebra ao eliminar em campo o Vitória. Ainda mais em Salvador, em 2007.
Páginas 105/106: deveria constar o touro do São Gonçalo, no quesito mascote.
Página 110: os autores afirmam que não conseguem ver o animal, no caso o elefante, no mapa do Rio Grande do Norte. Eu vejo toda vez que olho para o mapa.
Página 116: dizem que o “Potyguar” não marcou nenhum gol na história da Copa do Brasil. Primeiro, o time de Mossoró se escreve assim, POTIGUAR. Segundo, até o fechamento do livro, o time Príncipe havia participado de duas edições da competição, em 2005 e 2006. Terceiro, na segunda participação, tornou-se o único clube do Rio Grande do Norte a eliminar um time que já havia sido campeão da Copa do Brasil, o Santo André, campeão de 2004. Pra mim esse é o maior erro.
OBS: Em 2000, o América eliminou o Sport. O time de Recife só foi campeão oito anos depois.
Página 143: Escreveram Corinthians em referência ao clube de Caicó. O correto é CORÍNTIANS.
Página 144: dizem que o América de Natal havia marcado 39 gols. Eu só consegui contar 38.
Página 148: os números do Potiguar são apenas da primeira participação, a de 2005. Faltaram os dados da participação de 2006. Mais uma vez escreveram o nome do clube mossoroense de forma errada. POTYGUAR assim não dá! Esse POTYGUAR é de Currais Novos, que vai participar da Copa do Brasil de 2010.
Página 153: os dados são idênticos aos da página 148. Escrevem o nome do time de Caicó errado. O certo é CORÍNTIANS.
Página 157: colocam o América como o melhor time do Rio Grande do Norte na Copa do Brasil. Não deveria ser o Baraúnas que nas poucas vezes que participou fez estragos irreparáveis?
Página 163: faltou citar o público do jogo Vasco 1x1 ABC disputado em 15 de março de 1994. Apenas 194 torcedores pagaram ingresso para ver esse jogo. Era para constar entre os menores públicos da competição, já que o maior dos menores citados pelos autores é de 276. Pra mim a maior omissão.
Página 174: Marquinhos Pitombinha do América de Natal deveria ter entrado na seleção de nomes inusitados. Outra omissão.
Página 179: Existe omissão na participação do Potiguar na edição de 2006, mas colocam o goleiro Claudevan na seleção de nomes inusitados. Pode?
Página 183: dizem que o América perdeu para o Santa Cruz em Recife por 3 a 1 e em Natal por 1 a 0. Em Natal, o América venceu por 1 a 0. O gol foi de Baíca aos 30 minutos do segundo tempo.
Página 186: Afirmam que o jogo de volta entre Flamengo x América em 1993 foi no Maracanã. O certo é no Estádio Caio Martins. Eu assisti a esse jogo pela TV OM na praça municipal de Angicos (RN). Aliás, o primeiro, realizado em Natal também. No Machadão foi 2 a 2 com xou dos primos Souza e Bebeto e violência de Júnior Baiano.