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domingo, 9 de setembro de 2012

Pesquisando o Futebol Potiguar

 Marcos Trindade vasculhando o futebol potiguar

Quando comecei a gostar de futebol, no meio da década de 1980. Precisamente em 1986, durante a Copa do México. Nem sabia ler ainda, admirava as figurinhas dos jogadores que vinham nos chicletes. Quase chorei ao ouvir pelo rádio que o Brasil tinha sido eliminado da Copa de 1986. Nem entendia da coisa. Era questão de ser brasileiro mesmo.

Isso tudo lá na zona rural de Angicos, interior do Rio Grande do Norte, cidade distante 170 quilômetros de Natal.

Pouco tempo depois começava a ler as primeiras palavras e entender o sentido da coisa chamada futebol.

Antes, gostava de ler sobre corridas de cavalo numa revista de circulação nacional. Nem sempre ela trazia algo sobre o assunto. Às vezes era Atletismo, Tênis, Vela, Futebol, Basquete, Vôlei, entre outros. Mas, gostava mesmo era do Turfe.

O tempo foi passando, passando, passando, até que em 1990, eu estava na cidade de Angicos, estudava e corria atrás de bola. Nas horas vagas a isso, lia jornais e revistas sobre futebol. A partir daí comecei a ouvir rádio. Ouvia as rádios de Mossoró e Assu.

Daí, passei a anotar os resultados dos jogos dos clubes do Rio Grande do Norte nas competições nacionais e locais. Anotava tudo.

Despertei interesse em saber do passado mais distante. Escrevia (enviava cartas) para órgãos, tipo: clubes, federações, ligas, jornais e rádios. Recebi poucas respostas. Apenas de alguns órgãos da Imprensa. Nada de clube, federação ou liga.

Mas, o tempo continuava passando e eu anotando o que podia. Li e ouvi cada uma...

Contudo, em novembro de 1996, vi morar em Natal.

Em março de 1997, ouvi de um comunicador aqui de Natal que eu tinha conhecimentos e que podia trabalhar em rádio. Vamos fazer um teste na Rádio Rural? Falava Getúlio Medeiros, o maior e melhor Plantão Esportivo que ouvi até hoje.

Vamos, respondi.

Era julho de 1997, estreia do América de Natal na Primeira Divisão do Futebol Brasileiro. Lá fui eu ser Rádio Escuta. Ouvir as notícias e gols dos outros jogos e passar para Getúlio anunciar. Teve rodada com 10 jogos e mais de 30 gols que conseguimos anunciar todos antes que o maior concorrente. E cada vez que isso acontecia, eu sentia que estava no caminho certo.

Informar bem e primeiro. Esse era o meu lema.

Aí, já bem adaptado na cidade “grande” iniciei os trabalhos de pesquisa do passado.

Primeiro, os campeonatos estaduais. Desde 1918 até onde pudesse. Iniciei pelos anos quarentas, é assim mesmo, quarentas. A década tem 10 anos e cada um representa quarenta.

Era coisa demais.

Desisti, lembrei que as rádios de Mossoró divulgavam que o Estadual teve início em 1974, quando o Potiguar de Mossoró participou pela primeira vez. Então, vou pesquisar a partir de 1974, pensei.

Deu um duro danado. Em 2000 terminei essa etapa.

Mesmo assim não havia esquecido que faltava o passado dos campeonatos “natalenses” entre 1918 e 1973. E continuei.

Confesso que ainda não terminei. Tá perto.

Faltam poucos anos. 1921, 1940, 1941, 1958 e 1959. Esses dois últimos anos estão bem adiantados. Na próxima semana termino.

Sei que faltam alguns resultados que nem foram divulgados pelos jornais das épocas. Ou se algum jornal divulgou não tive acesso nos arquivos.

É bem verdade que no meio disso tudo teve muita pesquisa.

Todos os jogos de todos os clubes do RN em competições nacionais desde 1959. Com detalhes, quase todos.

Tem a Taça Cidade do Natal das décadas de 1970 e 1980.

Copa RN, Segunda Divisão, Seletivas...

Futebol de Salão, Futebol Feminino e Futebol de Areia.

Competições das categorias de base, torneios início, amistosos.

Jogadores, árbitros, dirigentes, clubes, Imprensa...

Teve também pesquisa sobre o Futebol de Salão, do Futebol Feminino, entre outros assuntos do Futebol Potiguar.

Aos poucos estou conhecendo a verdadeira história do Futebol Potiguar. O Futebol do Rio Grande do Norte, estado onde nasci. Só.

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