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terça-feira, 14 de julho de 2015

América centenário; relato do pesquisador Marcos Trindade


Fundado em 1915, o América nasce com fome de conquistas. Quatro anos mais tarde conquista o primeiro título no futebol. Isso em 1919. Na década de 1920, conquista torneios e campeonatos, e faz excursão a Mossoró.

Ainda na segunda década de existência tem dois fatos curiosos: Primeiro clube do Rio Grande do Norte a fazer uma transferência de atleta profissional. Renato Teixeira da Mota, Nenén, foi contratado junto ao Jacareí de São Paulo e tem o jogador Nilo Murtinho, que anos depois defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Uruguai.

Na década seguinte, conquista dois campeonatos, em 1930 e 1931. Depois passa o resto da década sem conquistar o campeonato. Aparecem os primeiros grandes nomes em seus quadros. Os irmãos Canutos.

Volta a conquistar títulos nos anos 40, em 1946, 1948 e 1949. Em 1950, conquista uma taça denominada Fantasmas do Nordeste numa disputa com o Rival ABC.

Já conhecido em todo o Nordeste, faz um amistoso com o campeão baiano Ypiranga e aplica uma das maiores goleadas da história. 7 a 1, em maio de 1952. Ainda nesta década conquista dois bicampeonatos. 1951/52 e 1956/57. Destaca-se grandes jogadores da sua história, entre eles Saquinho e Cezimar.

Depois da final do campeonato de 1959, em fevereiro de 1960, pede licenciamento e fica seis anos sem atividades no futebol. Durante esse período constrói a sede social situada na Avenida Rodrigues Alves. Um dos maios patrimônio do Alvirrubro.

Volta ao futebol em maio de 1966. No ano seguinte, forma um grande time, levantando a taça de campeão. No ano seguinte, participa pela primeira vez de uma competição nacional. A Taça Brasil.

Volta a conquistar o título do campeonato em 1969 numa grande final frente ao Rival ABC. Nesses poucos anos depois da volta, surgem grande nomes. Entre eles, Pancinha, Véscio e Assis.

Nos quatro anos seguintes enfrenta uma crise de títulos. Volta as conquistas em 1974 e 75. Já disputando os campeonatos nacionais, derrota o Vasco no Rio de Janeiro por 1 a 0, gol de Washington. Partida realizada em 1975. Tem em seus quadros grandes nomes como Hélcio Jacaré, Ivan Silva, Scala, Mário Braga, Santa Cruz e Alberi.

No final dos anos de ouro do futebol potiguar, o América ainda conquista dois títulos estaduais, em 1977 e em 1979 dando início uma das maiores sequências de conquistas da história alvirrubra. O tetracampeonato consagrado em 1982, e de quebra invicto.

Foram quatro temporadas de fazer inveja.  No final das mais de 100 partidas foram marcados 210 gols, o aproveitamento passou dos 70 por cento. Uma marca jamais alcançada por nenhum clube potiguar. 

Resumo ano a ano: 1979 – 28 jogos, 15 vitórias, 07 empates e 06 derrotas. 1980 – 35 jogos, 17 vitórias, 13 empates e 05 derrotas. 1981 – 23 jogos, 16 vitórias, 03 empates e 04 derrotas. 1982 – 31 jogos, 16 vitórias e 15 empates.

Para fechar a década de ouro, ainda conquista o tricampeonato de 1987 a 1989, sob o comando do treinador Ferdinando Teixeira, um dos mais vitoriosos do futebol norte-rio-grandense.

Os anos 90 foram de grandes revelações de atletas. Entre eles, o maior ídolo da história americana. José Ivanaldo de Souza, nascido em Açu, trazido para o clube em 1991 e lançado em 1992.

Conquista o bicampeonato estadual de 1991/92, volta para a Série B via seletiva de 1993 e em 1996 torna-se vice-campeão brasileiro da Série B, chegando a Primeira Divisão do futebol brasileiro com uma folha salarial de apenas três mil reais. Também é campeão estadual de 1996.

Passa dois anos na elite do futebol brasileiro, conquista a Copa do Nordeste e participa da Copa Conmebol de 1998, sendo o único clube do estado a jogar uma competição internacional.

Depois passa três anos sem conquista e retorna às glórias com o bicampeonato estadual de 2002/03.

Conquista mais um acesso em 2005 da Série C para a Série B e no ano seguinte ascende a Série A do Brasileirão no empate memorável de 2 a 2 diante do Atlético Mineiro no estádio Mineirão em Belo Horizonte, com 80 mil torcedores.

O ídolo Souza, de volta ao clube é eleito o melhor jogador da Série B, se consagrando de vez como o maior ídolo americano de todos os tempos. Ao todo, Souza jogou quase 200 jogos com a camisa vermelha, marcando algo em torno de 40 gols.

Em 2009, O atacante Helinho tem sua última passagem pelo clube que o deixa como o maior artilheiro da história do América. Nas oito temporadas que atua vestindo a camisa do Alvirrubro marca 85 gols. Essa marca supera a de grandes nomes do América, como a de Saquinho, Hélcio Xavier, Silva, Marinho Apolônio, Bebeto, entre outros.

Em 2011, na Série C e jogando em Goianinha, o Alvirrubro conquista outro acesso. Outra vez da Série C para a Série B.

Passa 09 anos sem conquistar o estadual. O tabu é quebrado em 2012 sob a administração do jovem presidente Alex Padang. Também se destaca fazendo boa campanha na Série B.

No ano passado vence o estadual e vai as quartas-de-final da Copa do Brasil fazendo memorável campanha. Derrotando tradicionais clubes brasileiros, entre eles o Fluminense e o Atlético Paranaense.

E completando a trajetória de 100 anos, o América levanta a taça de campeão do centenário. O estadual de 2015 numa disputa direta com o Rival ABC, no estádio Frasqueirão de propriedade do adversário.

O América é 100 e merece nossos parabéns!

Marcos Trindade, pesquisador

4 comentários:

  1. Valeu, Marcos!
    Eu sabia que voce estava digitando quando postei...rsrs
    Abraço

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  2. Marcos, você saberia dizer quantos gols o Max possui com a camisa do América?
    Permanecendo para 2016, acredito que Helinho (85 gols) possa ser ultrapassado pelo "homem de pedra".
    Só em 2015 já são 20 gols marcados.

    André

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    1. André; está na casa dos 70 gols. Se ficar até 2016, passará sim.

      Abraço, MT.

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