Fundado
em 1915, o América nasce com fome de conquistas. Quatro anos mais tarde
conquista o primeiro título no futebol. Isso em 1919. Na década de 1920, conquista torneios e campeonatos, e faz excursão a Mossoró.
Ainda
na segunda década de existência tem dois fatos curiosos: Primeiro clube do Rio
Grande do Norte a fazer uma transferência de atleta profissional. Renato
Teixeira da Mota, Nenén, foi contratado junto ao Jacareí de São Paulo e tem o
jogador Nilo Murtinho, que anos depois defendeu a seleção brasileira na Copa do
Mundo do Uruguai.
Na
década seguinte, conquista dois campeonatos, em 1930 e 1931. Depois passa o
resto da década sem conquistar o campeonato. Aparecem os primeiros grandes
nomes em seus quadros. Os irmãos Canutos.
Volta
a conquistar títulos nos anos 40, em 1946, 1948 e 1949. Em 1950, conquista uma
taça denominada Fantasmas do Nordeste numa disputa com o Rival ABC.
Já
conhecido em todo o Nordeste, faz um amistoso com o campeão baiano Ypiranga e
aplica uma das maiores goleadas da história. 7 a 1, em maio de 1952. Ainda nesta
década conquista dois bicampeonatos. 1951/52 e 1956/57. Destaca-se grandes
jogadores da sua história, entre eles Saquinho e Cezimar.
Depois
da final do campeonato de 1959, em fevereiro de 1960, pede licenciamento e
fica seis anos sem atividades no futebol. Durante esse período constrói a sede
social situada na Avenida Rodrigues Alves. Um dos maios patrimônio do
Alvirrubro.
Volta
ao futebol em maio de 1966. No ano seguinte, forma um grande time, levantando a
taça de campeão. No ano seguinte, participa pela primeira vez de uma competição
nacional. A Taça Brasil.
Volta
a conquistar o título do campeonato em 1969 numa grande final frente ao Rival
ABC. Nesses poucos anos depois da volta, surgem grande nomes. Entre eles,
Pancinha, Véscio e Assis.
Nos
quatro anos seguintes enfrenta uma crise de títulos. Volta as conquistas em
1974 e 75. Já disputando os campeonatos nacionais, derrota o Vasco no Rio de
Janeiro por 1 a 0, gol de Washington. Partida realizada em 1975. Tem em seus
quadros grandes nomes como Hélcio Jacaré, Ivan Silva, Scala, Mário Braga, Santa
Cruz e Alberi.
No
final dos anos de ouro do futebol potiguar, o América ainda conquista dois
títulos estaduais, em 1977 e em 1979 dando início uma das maiores sequências de
conquistas da história alvirrubra. O tetracampeonato consagrado em 1982, e de
quebra invicto.
Foram
quatro temporadas de fazer inveja. No
final das mais de 100 partidas foram marcados 210 gols, o aproveitamento passou
dos 70 por cento. Uma marca jamais alcançada por nenhum clube potiguar.
Resumo
ano a ano: 1979 – 28 jogos, 15 vitórias, 07 empates e 06 derrotas. 1980 – 35
jogos, 17 vitórias, 13 empates e 05 derrotas. 1981 – 23 jogos, 16 vitórias, 03
empates e 04 derrotas. 1982 – 31 jogos, 16 vitórias e 15 empates.
Para
fechar a década de ouro, ainda conquista o tricampeonato de 1987 a 1989, sob o
comando do treinador Ferdinando Teixeira, um dos mais vitoriosos do futebol
norte-rio-grandense.
Os
anos 90 foram de grandes revelações de atletas. Entre eles, o maior ídolo da
história americana. José Ivanaldo de Souza, nascido em Açu, trazido para o
clube em 1991 e lançado em 1992.
Conquista
o bicampeonato estadual de 1991/92, volta para a Série B via seletiva de 1993 e
em 1996 torna-se vice-campeão brasileiro da Série B, chegando a Primeira
Divisão do futebol brasileiro com uma folha salarial de apenas três mil reais. Também
é campeão estadual de 1996.
Passa
dois anos na elite do futebol brasileiro, conquista a Copa do Nordeste e
participa da Copa Conmebol de 1998, sendo o único clube do estado a jogar uma
competição internacional.
Depois
passa três anos sem conquista e retorna às glórias com o bicampeonato estadual
de 2002/03.
Conquista
mais um acesso em 2005 da Série C para a Série B e no ano seguinte ascende a
Série A do Brasileirão no empate memorável de 2 a 2 diante do Atlético Mineiro no
estádio Mineirão em Belo Horizonte, com 80 mil torcedores.
O
ídolo Souza, de volta ao clube é eleito o melhor jogador da Série B, se
consagrando de vez como o maior ídolo americano de todos os tempos. Ao todo,
Souza jogou quase 200 jogos com a camisa vermelha, marcando algo em torno de 40
gols.
Em
2009, O atacante Helinho tem sua última passagem pelo
clube que o deixa como o maior artilheiro da história do América. Nas oito
temporadas que atua vestindo a camisa do Alvirrubro marca 85 gols. Essa
marca supera a de grandes nomes do América, como a de Saquinho, Hélcio Xavier,
Silva, Marinho Apolônio, Bebeto, entre outros.
Em
2011, na Série C e jogando em Goianinha, o Alvirrubro conquista outro acesso.
Outra vez da Série C para a Série B.
Passa
09 anos sem conquistar o estadual. O tabu é quebrado em 2012 sob a
administração do jovem presidente Alex Padang. Também se destaca fazendo boa
campanha na Série B.
No
ano passado vence o estadual e vai as quartas-de-final da Copa do Brasil
fazendo memorável campanha. Derrotando tradicionais clubes brasileiros, entre
eles o Fluminense e o Atlético Paranaense.
E
completando a trajetória de 100 anos, o América levanta a taça de campeão do
centenário. O estadual de 2015 numa disputa direta com o Rival ABC, no estádio
Frasqueirão de propriedade do adversário.
O
América é 100 e merece nossos parabéns!
Marcos Trindade, pesquisador
Parabéns pela matéria.
ResponderExcluirValeu, Marcos!
ResponderExcluirEu sabia que voce estava digitando quando postei...rsrs
Abraço
Marcos, você saberia dizer quantos gols o Max possui com a camisa do América?
ResponderExcluirPermanecendo para 2016, acredito que Helinho (85 gols) possa ser ultrapassado pelo "homem de pedra".
Só em 2015 já são 20 gols marcados.
André
André; está na casa dos 70 gols. Se ficar até 2016, passará sim.
ExcluirAbraço, MT.