Em
13 de novembro de 2001, tive o prazer de estar com Amado Batista, um dos maiores cantores
do Brasil.
Fazia
o noticiário esportivo às 10h no programa da Rádio Poti, aqui de Natal.
No dia seguinte, o Brasil jogaria pelas Eliminatórias da Copa de 2002, Brasil x Venezuela.
Deixei
o noticiário da seleção brasileira por último. Tinha tudo na ponta da língua.
Era
prá fechar com chave de ouro, se é que existe essa chave.
Não
sabia que Amado Batista ia participar do programa.
Quando
comecei a falar do jogo do Brasil, senti um movimento diferente de pessoas no
estúdio da Rádio Poti.
Virei
os papéis e passei a apresentar o noticiário da seleção, de improviso.
Levantei
a cabeça para olhar quem entrava no estúdio. “Reconheci” Amado Batsita.
Então
terminado o noticiário do Brasil, passei a falar que Amado Batista se
encontrava nos estúdios da Rádio Poti.
Falei
um pouco da história dele e acrescentei que um time de Catalão (CRAC) foi
campeão do estado em 1967. Amado viveu muito tempo em Catalão e se diz natural de lá.
Era
como se estivesse entrevistando o cantor, passando o comando do programa para o
saudoso Paulo José, que deu prosseguimento ao programa com a entrevista de
Amado.
Ao
ser apresentado por Paulo José, Amado se referi a mim dizendo que eu estava bem
informado sobre as coisas da carreira dele e da cidade de Catalão. E que era
desenrolado!
Foi
o maior elogio que recebi até hoje, ao vivo.
Depois
fiz uma foto com ele e recebi um autógrafo dele.
MT e Amado em 2001
Autógrafo de Amado.
Um pouco de Amado
Batista
Amado
tem 12 irmãos. É o caçula dos homens.
Perdeu
o pai em 1965. Nessa época se mudou para Goiânia. A vida na cidade grande foi
difícil, no começo Amado trabalhava como faxineiro em uma loja de camisas, onde
aprendeu a pregar botão. Depois ele foi catador de papel na rua.
Quando
criança sonhava em ter uma bicicleta, hoje tem umas quinze.
Quando
pequeno mal falava. Tinha dificuldades.
Aprendeu
a tocar violão aos 15 anos.
Trabalhou
em livrarias, depois teve uma loja de discos e como o seu primeiro não tinha
foto, vendia o próprio disco sem as pessoas saberem que o cantor era ele.
Foi
preso pela Ditadura Militar, por conhecer pessoas que eram contra o governo.
Ficou dois meses em reclusão. Foi torturado, não o deixavam dormir.
Gravou
o primeiro disco em 1975. Ainda nesse ano foi para São Paulo de carona.
AMADO
BATISTA, vendeu em toda a carreira algo em torno de 30 milhões de discos.
Nota:
Um dos principais compositores de Amado Batsita nasceu em Lagoa Nova, interior
do Rio Grande do Norte. José Fernandes, que foi favelado e catador de papelão em
Goiânia. Amado gravou mais de 50 músicas de sua autoria entre elas Serenata, Monotomia
e Princesa. José Fernandes morreu em 2008. Nesse ano, Amado gravou uma música
chamada o Amigo José, em homenagem. Amado Batista é um pouquinho do Rio Grande
do Norte!
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