segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Os gols nos acréscimos


Gente, o caso é complicado. Poucos entendem.

Vou tentar fazer você entender. Essa é uma questão de análise sintática.

Quando um árbitro ao final dos 45 minutos de um tempo de um jogo de futebol sinaliza minutos de acréscimo, é comum os repórteres e narradores (despreparados, todos então) falarem que o árbitro deu 03 minutos de “acréscimos”, imaginando eles que acréscimo tem de concordar com minutos.

Não tem.

Se eles entendessem de análise sintática, iriam perceber que acréscimo é uma locução, e locuções são invariáveis com elementos fixos, de maneira nenhuma variam.

Pode falar de boca cheia que o árbitro Ítalo Medeiros de Azevedo aos 02 minutos do acréscimo do 2º tempo expulsou o atleta Pedrinho do Baraúnas, no jogo América 0x1 Baraúnas, Estadual de 2012.

Está assim na súmula. Corretíssimo!

Parabéns, Ítalo.

Mas, durante um ano, ouvi nas jornadas esportivas o seguinte:

O América perdeu com um gol “nos acréscimos” em Caicó para o Coríntians. Jogo do Estadual do ano passado

Não foi.

Foi no ACRÉSCIMO do 2º tempo.

Disso eu tenho absoluta certeza.

Agora, os gols marcados em cada acréscimo de cada tempo, de cada jogo, aí sim pode ser acréscimos.

Exemplo:

Até a 11ª rodada do Estadual do RN, foram marcados nos acréscimos, aqui cabe dessa forma, foram marcados 06 gols, sendo um nos acréscimos do 1º tempo e 05 nos acréscimos do 2º tempo.

Em tempo – não conheço nenhum comunicador que fala/diz “30 minutos de prorrogações” ou “40 minutos de jogos” quando se pergunta.

Quantos minutos de jogo? Alguém responde 20 minutos de jogos? Nunca ouvi.

Mas, posso usar, nas Copas de 1986 e 1994, o Brasil jogou duas prorrogações. Foram 60 minutos de prorrogações.

30 minutos em 1986 (uma) e 30 em 1994 (outra).

Ah, radialistas...

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