Gente,
o caso é complicado. Poucos entendem.
Vou
tentar fazer você entender. Essa é uma questão de análise sintática.
Quando
um árbitro ao final dos 45 minutos de um tempo de um jogo de futebol sinaliza
minutos de acréscimo, é comum os repórteres e narradores (despreparados, todos
então) falarem que o árbitro deu 03 minutos de “acréscimos”, imaginando eles
que acréscimo tem de concordar com minutos.
Não
tem.
Se
eles entendessem de análise sintática, iriam perceber que acréscimo é uma
locução, e locuções são invariáveis com elementos fixos, de maneira nenhuma
variam.
Pode
falar de boca cheia que o árbitro Ítalo Medeiros de Azevedo aos 02 minutos do
acréscimo do 2º tempo expulsou o atleta Pedrinho do Baraúnas, no jogo América
0x1 Baraúnas, Estadual de 2012.
Está
assim na súmula. Corretíssimo!
Parabéns,
Ítalo.
Mas,
durante um ano, ouvi nas jornadas esportivas o seguinte:
O
América perdeu com um gol “nos acréscimos” em Caicó para o Coríntians. Jogo do
Estadual do ano passado
Não
foi.
Foi
no ACRÉSCIMO do 2º tempo.
Disso
eu tenho absoluta certeza.
Agora,
os gols marcados em cada acréscimo de cada tempo, de cada jogo, aí sim pode ser
acréscimos.
Exemplo:
Até
a 11ª rodada do Estadual do RN, foram marcados nos acréscimos, aqui cabe
dessa forma, foram marcados 06 gols, sendo um nos acréscimos do 1º tempo
e 05 nos acréscimos do 2º tempo.
Em tempo –
não conheço nenhum comunicador que fala/diz “30 minutos de prorrogações” ou “40
minutos de jogos” quando se pergunta.
Quantos
minutos de jogo? Alguém responde 20 minutos de jogos? Nunca ouvi.
Mas,
posso usar, nas Copas de 1986 e 1994, o Brasil jogou duas prorrogações. Foram
60 minutos de prorrogações.
30
minutos em 1986 (uma) e 30 em 1994 (outra).
Ah,
radialistas...
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